Mococa e Paraíso

Atalho

Mococa e Paraíso

Terceiro Milênio


Havia um bosque no sertão de minha terra
Entre a estrada e a fazenda onde eu morava
Para tomar a jardineira do outro lado
Por dentro dele muitas vezes atalhava
O sol varando a copa verde da floresta
Pingos de ouro no atalho derramava
Eu espantava borboletas pequeninas
Com o barulho do cipó que arrebentava
Quando eu corria prá tomar a jardineira
Que erguendo pó lá do morro buzinava

Hoje no atalho de meu peito abandonado
O meu destino a pisar folhas caídas
Cruza a floresta do outro lado de meu tempo
Prá ver os anos carregando minha vida

Admirava as flores brancas que se abriam
Pelo atalho com o calor do sol da tarde
Naquela idade cor-de-rosa eu também era
Como um botão a se abrir na flor da idade
O sol menino derramava lá do alto
Sobre meus rastros pingos de felicidade
Até que um dia o vendaval dos desenganos
Em pedacinhos fez a minha mocidade
Desesperado hoje eu grito e não encontro
O meu atalho na floresta da saudade

Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso)
ECAD: Obra #36231 Fonograma #48867

Letra enviada por lincoln greik dos santos

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