Mensageiros do Rap
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Periferia Sitiada

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Periferia sitiada


Ando pelo Bonfim vejo o desespero,
Crianças crescendo sem auxílio do governo,
O crime tá tomando a nossa cidade,
tá transformando em prisão a nossa própria casa,
Periferia sitiada,
Mesmo assim não vou abandonar a minha pátria amada,
Aqui a oportunidade nos virou as costas,
Aqui é só o cobrador que bate na porta,
Seis da manha o sol já raiou é linda a natureza,
São tão poucos momentos que nem da pra esconder tanta
pobreza,
No café da manha um pão de dor e de miséria,
Servido na mesa da maioria periférica,
Aqui não tem beleza,
Tem que matar pra não morrer, pra sobreviver à lei da
pobreza,
Ando nas ruas e vejo crianças na prostituição,
O caus tomando conta da nossa nação,
Os moleques esquecidos estão morrendo na pedra,
Os traficantes transformaram em faroeste a nossa
quebra,
Criança sem ensino,
Pega fama de bandido,
Mais na porra desse país que se esquece da educação e
investe em presídio,
Ai os moleque pra se proteger prefere a Glock do que
um livro,
Enquanto o povo passa fome à burguesia só pensa em
jóias, tamanco,
Gasta em um minuto o que eu ganho por ano,
Quando, moleque sonhava com um mundo feliz,
Cheio de rosas, paz, amor e uma casa pra mim,
Mais foi tudo diferente,
Infelizmente sou só mais um sobrevivente,
Cresci meio tudo isso de cabeça erguida,
Caminhei em meio os espinhos seguindo na trilha,
Trincheiras, guerras, choro, saudades,
Trago nas lembranças um tempo de tempestade,
Mais sigo na fé, com amor dentro do coração,
Porque Deus me guia pelo vale da escuridão,
Na luta no ringue,
Pros guerreiros um Bride,
Nunca quis fama muito menos reinar,
Só quero que os manos possam sair da lama,
Deixar de lado essa vida de desonestidade,
Pois vocês são livres, Deus deu a liberdade,
É só seguir no certo pelo certo, na vida com amor,
Ai o respiro da alma acabará com a dor,
E mostrara o caminho
E o seu destino,
Você não pode recuar tem que fazer o seu papel,
E ser uma gota de chuva que cai do céu,
Pra alimentar a terra,
Tem que pregar a paz, mais não negar a guerra,
És um periférico, pobre, mais rico de auto-estima,
Tem que clamar por justiça, e mostrar sua a
ideologia,
Os seus idéias e relatar seus pensamentos,
Falar a verdade e mostrar o sofrimento,
Manter seus olhos abertos,
Ser um guerreiro e ficar aqui por perto,
Sem investimento o Bonfim fica no esquecimento,
Quando explode a fúria o povo é chamado de violento,
Só porque pega o microfone e pede uma vida justa,
As autoridades mandam nos espancar no meio da rua,
Os manos tão morrendo na pedra,
Uns no calibre e outros na merla,
Temos que acabar com o causador desse problema,
A juventude tem que tá a fim de lutar contra o
sistema,
Que destrói a esperança,
E o sonho das crianças,
Nos temos que falar só assim teremos chance,
Pois tudo que queremos agora esta ao nosso alcance,
Eu sei que é difícil acreditar,
Mais se lutar um dia tudo vai mudar,
Revolução da nossa mente, nosso povo pede paz,
Revolução do nosso povo, quem sabe mesmo é quem sabe
mais,
Eu sei que é foda viver nesse mundo triste,
Que nos trata como lixo,
Puta que pariu, meus olhos começaram a escurecer,
Ajude-me senhor assim nem sei o que pode acontecer,
Nessa escuridão no meio das trevas,
Tenho que juntar um exército, para vencer a guerra,
Reunir os discípulos do rap,
Que luta pela paz onde o respeito prevalece,
A união dos moleques da PF,
Mente Periférica, Artigo e Mensageiros do Rap,
Pra reforçar a corrente da igualdade,
E acabar com o preconceito dando mais credibilidade,
Aos b.boys, grafiteiros, DJs e mc`s,
Dando mais valor aos jovens do país.

Composição: Mc Murcego

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