Memórias de Um Caramujo

Alice

Memórias de Um Caramujo


Ali parada
Sentada, com a cabeça esvaziada
Observo ao longe, calado
E temo tanta beleza em um ser só
Ninguém agüenta

E eu planejo falar com ela
Escrevo bilhetes e faço poemas
Penso nos assuntos que um dia viríamos a falar de
Mas eu fraquejo
E lá tô eu
Bem perto dela
Uns 50 metros, pra mim tá bom
Já tô suando
Tô ofegante
Recuo dois passos só para não dar um adiante
Não que adiante

Alice, que tolice!
Eu aqui me declarando para você
E você, nem aí
Para a minha declaração
Declaração? Talvez nem seja
Só um convite humilde, para um dia tomarmos um café
Se der, se por acaso sobrar um tempinho
No seu expediente
Ou não, você vê
Me liga

Já Pensou?
Primeiro encontro
Conversa fluida
Segundo, terceiro e quarto encontro já é namoro
Eu conheço seus pais
Você os meus
Tá tudo uma maravilha
Uma fartura
Então, num átimo de coragem
Eu te peço em casamento
Mas isso é sonho
Ah, ah, ah

Alice
Eu te pedindo em casamento
Que sandice!
Quem disse isso?
Quem que disse?
Logo eu!
Que de te olhar já me arrepio, me desmonto, caio em peças
Imagina!
Eu falando com você
Quando te olhar
Já dói bastante
Ai ai ai ai

Não, Alice
Meu lugar é aqui, ao longe, olhando
E o seu, é aí sentada, no bando dessa praça
Acho que assim é que tem graça!

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