Ali parada Sentada, com a cabeça esvaziada Observo ao longe, calado E temo tanta beleza em um ser só Ninguém agüenta
E eu planejo falar com ela Escrevo bilhetes e faço poemas Penso nos assuntos que um dia viríamos a falar de Mas eu fraquejo E lá tô eu Bem perto dela Uns 50 metros, pra mim tá bom Já tô suando Tô ofegante Recuo dois passos só para não dar um adiante Não que adiante
Alice, que tolice! Eu aqui me declarando para você E você, nem aí Para a minha declaração Declaração? Talvez nem seja Só um convite humilde, para um dia tomarmos um café Se der, se por acaso sobrar um tempinho No seu expediente Ou não, você vê Me liga
Já Pensou? Primeiro encontro Conversa fluida Segundo, terceiro e quarto encontro já é namoro Eu conheço seus pais Você os meus Tá tudo uma maravilha Uma fartura Então, num átimo de coragem Eu te peço em casamento Mas isso é sonho Ah, ah, ah
Alice Eu te pedindo em casamento Que sandice! Quem disse isso? Quem que disse? Logo eu! Que de te olhar já me arrepio, me desmonto, caio em peças Imagina! Eu falando com você Quando te olhar Já dói bastante Ai ai ai ai
Não, Alice Meu lugar é aqui, ao longe, olhando E o seu, é aí sentada, no bando dessa praça Acho que assim é que tem graça!