Melanie Klain
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Abençoados por Deus

Melanie Klain

Análise do Caos


E Este É O Brasil!
Terra de nosso senhor
De um povo cheio de glória
Muita paz e amor
Da Bossa Nova do Samba
Das mulheres perfeitas
Da alegria dos Pampas
E das nossas riquezas
Mártires e vitórias
Todos os monumentos
A mentira a escória
Já vem do descobrimento
E à surdina chegaram, escravizando os nativos, usando de todas as formas, assim com seus atrativos, e como o tempo passava os anos se arrastando, e sempre nos nomeamos abençoados por Deus

Abençoado por Deus
Sou do Brasil do primo rico herança lá de Cabral
Abençoado por Deus
Imaginou se eles viessem p'ra fazer algum mal

E Este É O Brasil!
País pentacampeão
Temos aqui um rei negro
Orgulho desta nação
E sem contar nossa fauna
E sem falar nossa flora
A natureza é a alma
A vida desse pais
Aqui não tem terremoto
Aqui não tem furacão
Temos tormenta pior
A chamada corrupção

Que já nos rouba faz tempo, mas a culpa é só nossa, votando na banda podre
Transforma o país em fossa, e como o tempo passava os anos se arrastando
E sempre nos nomeamos, abençoados por Deus

Abençoado por Deus
Sou do Brasil do primo rico herança lá de Cabral
Abençoado por Deus
Imaginou se eles viessem p'ra fazer algum mal

Brasil
País onde a impunidade supera boas ações
Riquezas desviadas dos pobres pagam perdões
Nação deficiente de bom senso
Que por vontade própria se cega
No desespero ao seu santo de apega
Procurando o mal de sua doença
Este é o estado laico
Que respeita apenas uma crença

Bem vindos
A um país de todos
Beneditas, Marias Francisco Carlos João
Criamos falsos profetas
Os mercadores da fé
Aliciando menores
Imaginando orações
Analfabetos de pai
E vagabundos de mãe
Assassinamos heróis
Idolatrando vilões
Olhando o fundo do poço
Não pode mais piorar isso aqui

São meus vícios
E eu não posso evitar
Fui esculpido no ódio
E nunca tive razão
A maioria dos fatos
Não faz sentido pra mim
Pois sou menor inocente
Bandido por profissão
Não tenho medo de errar
Sou protegido da lei
Minha atitude é normal
Pois ate onde eu sei
As fortalezas com grades
Não podem mais me impedir
Sou um doente inventado

Fui batizado e criado rancor e magoas doados pra mim
Braços cruzados a dor que nunca parece ter fim
Os votos de paz nao passam só de ilusão
Aprisionado é um povo
Que vive e morre de frente a televisão

E a política
Simplesmente me destrói
Sou feito de escravo
E vivo nessa prisão
Amordaçado e ferido
Fraco de mais pra lutar
Fui humilhado e trancado
A sete palmos do chão
Serei lembrado talvez
Por falta de lucidez
Querendo a vida dos sonhos
No país da opressão
Identidade esquecida
Sem razão e eu não posso voltar

São memórias
Que todo um povo esqueceu
Temos os olhos vendados
Ao roubo que aconteceu
Eu não calculo valor
Pois não se pode pagar
Dignidade perdida
Ao mal que possa causar
São fragmentos do horror
Com toda alienação
Nos jogam um prato de bosta
No troco de refeição
E o sistema falhou
E não foi só uma vez
Pois fabricando reféns

Pedem respeito e silencio com o açoite cerrado na mão
Intrigas mentiras também o fato da corrupção
Confirma a injustiça e tudo que eu não posso aceitar
O medo nos olhos indica a culpa de quem não pode lutar

Composição: José Eduardo Alves

Letra enviada por pedro bertti

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