Não nasci na favela mas andei muito por ela Não nasci na favela mas andei muito por ela
Não nasci na favela mas andei muito por ela Onde aprendi a transformar meus problemas em desafios Não posso mudar o passado, mas posso mudar o presente Tempo bom que não volta mas sei que dias melhores virão Se é só falar, falar, até papagaio Foi mal aquele dia que não te vi me chamar Com fone no ouvido, na rua a pé, viajando no som Andando no mesmo lugar com pensamento longe Como e bom passar por qualquer quebrada Sem cortar caminho ou ter que me esquivar Sobre os não fede, não cheira, não quero ser mais um Sempre em cima do muro, entre o sim e o não Muitas vezes forcei o riso fingindo estar bem Pelo retrovisor vejo os buracos que passei Se não for se envolver não, nem cutuca Pra no primeiro tropeço logo cair tua carapuça Doutrina suja mas sujo e quem se julga melhor Dores são tipo estradas, tem curvas que sei de cor
Não nasci na favela mas andei muito por ela
Se o gato ratear, o rato come Hoje melhor que ontem Que assim seja, sempre avante, adiante Mais olho no olho, menos olho na tela A arte não tem regra, o guerreiro com um meta não gela Não vem com papo de panela, entre no jogo e não azeda Nada foi fácil pra ninguém aqui Turbilhão de pensamentos, duvidas e certezas Desencontros, encontros perdas, ganhos, progresso, regresso Um brinde a rapa que tá na missão Demorado pra construir, rápido pra destruir não quero mais essa vida pra mim Onde quem mais trabalha e quem mais apanha no fim do mês até patrão vira freguês Sair de casa antes do sol raiar pra trampar E so voltar sobre o sereno da luz do luar Infelizmente não é sempre que a gente tem uma segunda chance pra por as coisas no lugar