Mc Marcio Braz
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Real Tormento

Mc Marcio Braz


Real Tormento


Liberdade, liberdade, liberdade, liberdade

Madruga na favela, a policia invade, hipocrisia que
sai atirando sem ter alvo
Bala perfura a madeira fina do barraco
deixando dois moleques órfãos
Que já não tinham pai e agora sem mãe
ele não tem ninguém para guiar o seu caminho
Vai ter que se virar sozinho e ainda sustentar o
irmãozinho

E o moleque não foge da batalha leva a vida com um
pingo de decência
Mas até a vendinha onde trabalha vai de mal a pior
tá abrindo falência

Em pouco tempo desempregado,
sem perspectiva, desesperado
Sem ninguém pra ajudar e as contas pra pagar, pro mês
ainda dá mas vou passar apertado

Ele correu atrás até não poder mais
saiu as ruas, procurou emprego nos jornais

Mas incapacitado de fazer o que é capaz
na boca viu um método eficaz

Ó meu deus eu não sei mas o que fazer, minha mãe dizia
pra eu não me envolver
Mas não tenho outra escolha eu não tenho querer
necessidade pede pra comer

Madrugada a dentro nesse real tormento e assim és um
novo funcionário do relento
Passando pra matar a fome
morrendo de medo dos homens

Liberdade, liberdade, liberdade, liberdade

E o tempo foi passando e ele se acostumando vida no
corre guerra do cotidiano
Juntava dinheiro pra ter tudo do bom e dar um futuro
pro seu irmão
Num dia de vacilo o improvável
ouve um flagrante inesperado

Eu não tive outra escolha, seu doutor, por favor
tomou um tapa e cala a boca malandro safado
Gastou tudo até então juntado pra poder pagar o
advogado
Mesmo assim condenado pois não tinha o suborno
suficiente exigido pelo delegado

Na troca de idéia, companheiro de cela eu falava sobre
seus filhos que estão aqui fora
Nesse momento ele chora minha nossa senhora o que será do meu irmão agora

Mas o pior ainda estava pra acontecer, tinha um mal
pressentimento e não sabia o que
Explodiu a revolta dentro da prisão muitos revoltados
com a super lotação

Os assassinos fardados entram em ação são vários
pipocos e muitos corpos no chão
Então varias famílias ficam na agonia
quem esta vivo ou morto após a rebelião

Liberdade, liberdade, liberdade, liberdade

Boatos na favela es a noticia que chega abalando todo
mundo
Que o pivete que só tinha o irmão agora está sozinho
neste mundo
Tristeza bate forte revolta afeta a mente do moleque
que até então era meio inocente

Cabeça muda de repente e traz surpresa a muita gente
E a revolta e o sofrimento se misturam no momento em
que a nossa família foi tirada
E esse real tormento já conduz ao pensamento a saudade
das pessoas amadas

Se eu cresci na favela eu não tenho outra opção meu
verdadeiro destino é um só
Agora vou ser ladrão não igual o meu irmão vou ser
muito pior

E o moleque cresceu e fez seu nome
bandido periculoso
sujeito homem

Ganhou o respeito da comunidade pois nunca deixava
ninguém passar fome
Viu vários irmãos indo para prisão mas eu estou
tranqüilo e vou seguir firmão
Varias cenas só de drinque e mulherão
e o som sempre no talo no carrão

Mas a inveja existe e o Zé povinho sempre pronto pra
caguetar
Noite tranqüila como sempre flagrante veio de repente
Troca tiro pa pum, mas são séis contra um e nessa conta
adivinha quem sai na pior
Bandido pra sociedade, mas herói da comunidade

Pobre sempre preso e o rico sempre livre a tal de
justiça na verdade é uma quadrilha
Es um caso onde esta nossa policia bandida assassinou
toda uma família

> allew69

Composição: Marcio Braz

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