Se o relógio não para
Vamos lá batalhar!
Chega de preguiça
Sai daí, levanta do sofá!

Não há tempo!
Não temos tempo não podemos parar
Já cansei de tar sentado, cansado de descansar

Vou revolucionar!
Quem sabe oque eu vou criar
Pode ser que eu mude tudo de tanto movimentar

Pode ser que nada mude
Mesmo assim vou tentar
Já ouvi de um som aí, "cada um tem seu lugar"

O meu sempre foi aqui
Nunca foi pra bagunçar
Já ouvi muitos dizer "você veio representar"

Ta ta ra ra ra rá!
Nunca vou parar
Se eu tiver que trabalhar dia e noite sem chorar

Vou dizer que vou lutar
Metas eu vou quebrar
E o melhor de tudo, muita boca vou calar

Posso até te levantar
Se você tiver lá
Prestando atenção em tudo que eu falar

Pense no que vai plantar
Pense no que vai dizer
Veja o que cê vai colher
Antes mesmo de reclamar

Não tente justificar
Não diga que não vai dar
Não insista na derrota
Não peça pra se matar

Diga eu sempre vou ganhar
Eu sei que vou derrotar
E oque tiver na frente dependendo eu vou chutar

Grite pra desabafar
Nunca deixe de sonhar
Sonhe pra realizar, então vamos levantar

Me vejo tão completo
Compondo poesia
E sei que meu caderno faz parte da teoria

E sei também
Que o rap não é somente um som
Muito mais do que cê vê
Não precisa ter dom

É você que vai saber
Se serve pra você
Só digo aperte o play, e deixa acontecer

Mensagem absorver
Levar pra vida toda
Do rap fazer vida merecida e não atoa

Soa! ouça do jeito que preferir
Entenda... só não julgue oque eu já fiz até aqui

Sinal de um bom trabalho
De força de vontade
Trazendo pra você fatos da realidade

Tenho dificuldade
Não sou de porcelana
Não quebro fácil, também não saio fácil da lama

Mas nem por isso nada
Me tira do controle
Amanhã pode ser o dia de vencer

Se não foi hoje, você precisa saber lidar qualquer parada
Levanta? ou para e fica dando voto pra desgraça?

Você tem sua escolha
Tem sua própria vida
Ou faz ela vencer, ou dela faz vencida

Entre o corte da faca e a regeneração
Depende do seu ser tirar a conclusão

Ou vou sofrer sangrando
Honrado até a morte
Ou vivo pra contar da cicatriz a minha sorte