Não me palpita te esquecer ao menos Nem me desperta andar pelas cansadas Nossa poesia anda melhor por dentro E a boa vista é achar nova morada
Não me espanta mais o teu silêncio Abrindo a alma pra encontrar sinuelo Nas horas mansas de campear uns versos E estar por perto encurtando o tempo
Eu te compreendo olhando em nossa volta Vivendo a campo e em paz contigo mesma Onde a saudade encilha o pensamento E o sentimento abranda em nossas letras
Ah! Mas que esperança, quando molesta a dor Eu pego o violão e outra milonga chora
Onde eu me continha Ando esparramando versos uruguaianenses a céu aberto Tomando mate com a milonga tudo faz sentido Eu nem sei pra onde vou mas já estou a caminho
Não me permito cruzar o teu caminho Nem me conforta achar que vale a pena A nossa música acalma, alucina E um mate a dois que quis pra vida inteira.