Se perco esse trem Que sai agora à 11horas Só amanhã de manhã e além disso mulher tem outras coisa Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar Sou filho único Tenho a minha casa para morar Não posso ficar, não posso ficar
O orgulho deste povo Que não é bem sucedido Dá-lhe o nome de fado Canto triste e deprimido Ela é a nossa Amália Que dá voz a Portugal Dos brutos e analfabetos Dos trolhas e calgeiral Cunhas que tocam guitarras Perpetuando as desgraças O cantar das ladaínhas Arrastando o cu nas tascas Portugal dos pequeninos Da mentalidade tacanha Onde se fazem elogios da preguiça e da manha
A moral de beata, espirito de sacristão De joelhos até Fátima Mendigando perdão Choram leite derramado Por cometer o pecado Para o ano voltarão Se o caldo entornado Tudo pode ser perdoado Com algumas orações Até o voto errado, em ano de eleições
No país de marinheiros O barco anda à deriva Heróis do mar nobre povo só querem putas e pinga
A bola alegra a malta O povo da vista estreita Marca a porra do golo que a festa fica feita À que pagar as cotas E promover a riqueza Primeiro está o clube Só depois o pão na mesa Podemos não saber ler Ganhar é no futebol O trabalho é só pó preto P'ra nós é só tintol
Portugal dos pequeninos Da mentalidade tacanha Onde se fazem elogios da preguiça e da manha No país de marinheiros O barco anda à deriva Heróis do mar nobre povo só querem putas e pinga