Me querem quieto, sentado na escola Como uma garrafa de refri de cola Que fica na estante esperando alguém comprar Me transformaram em mercadoria, Mas eu não sou essa porcaria Eu sou mais Você só vai sentir que é alguém Quando escrever seu epitáfio Foda-se, eu sinto que eu sou agora Um otário descolado do horário Sem salário Nos meus bolsos não tem nada Mas minha cabeça preocupada anda em círculos Vou andando Faroeste Vou cantando, vê se me esquece Me disseram que o mundo que eu vivo é uma bolinha Girando em torno de uma estrelinha Um automóvel sem direção E mesmo assim eu devo esmurrar os outros passageiros Acumular o máximo de dinheiro Usar o tanque do automóvel como banheiro Me tornar um cara popular, cara maneiro O motor já fundiu, o freio não funciona Mas o que eu faço é deixar na lona Devo aceitar, pronto, acabou... Vou andando Faroeste Vou cantando, vê se me esquece Mar de rosas mergulhei, Mar de rosas, o Mundo é eu sei Mar de rosas mergulhei, Mar de rosas, o Mundo é eu sei Ouvi dizer...