Maria Clementina
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Sementes da Saudade

Maria Clementina


Era uma vez um passado e talvez
Fosse então fruto da recordação.
Sol e avidez, areais, ombros nus,
Em cada chão sementes de Verão.

Au revoir lividez, tristes tigres da tez.
Tenra idade, o fruto da vontade.
À esperança que vês, não lhe chames prenhez
Na verdade são sementes da saudade.

E podes germinar aqui ao meu lado
E não terá que ser num sentido figurado

Não partiste de vez:
Segurei-te a raiz.
Estou feliz; felizmente estás contente.
Mas foi outro final:
Tu partiste e não faz mal
Afinal, és gente com semente.

Reis dos bongós, mais bonés, pés que vês;
Já cá estão os frutos da estação.
Mães p'ra o país, eis que jaz a má rês;
Venham mais sementes estivais.

Se estio é trono, porque é que te levantas?
Sementes régias, são grainhas santas.

Não partiste de vez:
Segurei-te a raiz.
Estou feliz; felizmente estás contente.
Mas foi outro final:
Tu partiste e não faz mal
Afinal, és gente com semente.

Composição: Raquel Menina, Juca Pavico, Enrique Mita, Manuel De Malta

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