Marcos Violeiro e Adalberto

Vingança do Boi

Marcos Violeiro e Adalberto


Um ricaço fazendeiro
Das bandas do Tietê
Tinha uma filha bonita
Mais linda que a flor do ipê
Quando ela ia no pasto
Dava gosto a gente vê
O gado lhe rodeava
Suas mãos vinham lamber
Se um bezerro adoecia
De tudo ela fazia
Ai pro bichinho não morrer

O capataz da fazenda
Por ela sentiu paixão
E muitas vezes tentou
Ganhar o seu coração
E ela com muito jeito
Lhe respondia que não
Quando foi um certo dia
Ele fez uma traição
Querendo aproveitar dela
Matou a pobre donzela
Ai sem dó e sem compaixão

Na fazenda tinha um boi
Que a moça tinha criado
Com leite de mamadeira
Por ser bezerro enjeitado
Para despistar seu crime
Aquele homem malvado
Deixou os chifres do boi
De sangue avermelhado
Foi falar com o patrão
Que seu boi de estimação
Ai sua filha tinha matado

O fazendeiro chorando
A morte da filha amada
Mandou depressa os peões
Buscar o boi na invernada
O boi entrou na mangueira
Cercado pela peonada
Pressentindo sua morte
Virou uma fera acuada
Igual felino sagaz
Investiu no capataz
Ai lhe dando várias chifradas

Pra salvar o capataz
A peonada correu
Enquanto ele agonizava
Contou tudo que se deu
O que ele revelava
A todos surpreendeu
Nas derradeiras palavras
Foi esse o pedido seu
Não matem o pobre boi
Que Deus do céu me perdoe
Ai quem matou ela fui eu

Composição: Sulino, José Alonso

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