Quem é você
Que vive aí
Sozinha, isolada do outro lado dessa ilha?
Ausente
Das tramas por onde correm os sortilégios
Com o traçado de indecência
Esperando a fálica sedução
Tire o véu!
Expõe pra mim
As marcas que carrega

Quem são os homens
Que disseram que a vida não pertence a você?
E indispuseram seus sonhos
Fadados aos instantes de incertezas
Sustentando as impurezas
Que o vil tempo dispôs pra ti
Rompe, assim
Com o traçado vão
Vislumbre o infinito

Segue em silêncio
A Bela Dama da Leste
Em sua sensível rota desperta
Laços envoltos que ferem
Secam e intimidam
O grito estancado

Vá e recobre
Tempo perdido, ausência de ar!
Redescobre a sua nobreza
Expele os espólios do mundo
Despe seus desejos
Deixa-me entrar