Pouca sorte Nenhuma gota cai do céu A presença da foice Sempre espreitando o seu troféu
As marcas na mão Na face cicatrizes Mais fortes que as do chão A faca na mão O forte corte sêco Pra chamar com a canção
Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Que vontade de cantar Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Vê se as coisa(s) vai mudar.
Maria de Lourdes Passou por mim e deixou um perfume no ar O que te trazes ? Sorriu pra mim Senti a terra toda girar
Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Que vontade de cantar Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Deixa as coisa(s) como tá
Tenho posse E não é o suficiente pra te ter aqui Por mais que eu me esforce A terra tá doente Nada crescerá
Faço o que posso E fico esperando a terra toda rachar Me acabo de desgosto No desespero Espero o pau de arara passar
Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Que vontade de cantar Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Vê se as coisa(s) vai mudar.
Fim de tarde Maria de Lourdes resolveu passar O que te trazes ? Sorriu pra mim Deixou sorriso no ar.
Então falei, falei sim Contei tudo o que vou construir só pra te ter aqui Agradeceu se revelou totalmente apaixonada por um pobre sonhador
Lucionardo Se embebedou e deixou um segredo vazar Muitos pobres coitados Juntaram seus mangalhos e vão se retirar
E vão sim, sem olhar pra trás Até Maria de Lourdes forçada por seus pais Não vá não, confie nesse chão Leve tudo o que é meu o que puder carregar Mas deixa ela ficar ! Deixa ela ficar! Deixa ela ficar...
Dia e noite lutei Contra o chão contra o céu contra Deus Até a alma eu vendi pra poder pagar A dívida que tenho com o meu amor Começou a chover. Clareou! E tudo o que eu plantava resolveu nascer Cresci assim Comprei de volta a alma que eu penhorei Comprei uns boi(s), cerquei o chão E hoje sou fazendeiro chique Muita terra pra olhar
Meu cachorro é forte Pra vaquejada - êh boi !!
Maria Lourdes Separa tuas coisas que eu vou te buscar Antes que teu pai me expulse Agora sou homem de posse e nada faltará
Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Que vontade de cantar Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Ah ! Deixa as coisa(s) como tá