Luizinho, Limeira e Zezinha

Sagrado Ofício

Luizinho, Limeira e Zezinha


("Eu desde pequeninho
Trabaiava lado a lado
Com meu véio pai
Carpinteiro afamado

E quando eu fiquei home
Por não tê nada guardado
Reneguei aquele ofício
Que com tanto sacrifício
Ele havia me ensinado")

Meu pai, o senhor devia
Mandar eu ter estudado
Pra ser doutor ou engenheiro
Hoje eu seria afamado

Com o dinheiro e a glória
Pro mundo eu tinha viajado
E sendo um carpinteiro
Não passo de um desgraçado

("Com os zóio cheio d'água
Meu véio pai me falô
Nosso pão de cada dia
Inda pra nós não fartô

Sempre tivemo agasaio
Quando o inverno chegô
E sempre demo esmola
A quem dela precisô")

Que vale isso, meu pai
Se nós não sabe o que é bão
Hoje o dinheiro é quem manda
Em todas as repartição

E até sinto vergonha
Por eu não ter instrução
Quando pego uma caneta
Me dói os calo da mão

("Meu filho, a maior riqueza
Não é na terra que tem
E o poderoso dinheiro
Não compra um home de bem

O teu sagrado ofício, meu fio
Não envergonha ninguém
Jesus, o filho de Deus
Foi carpinteiro também")

Depois do sábio canseio
Eu vi na luz da verdade
Que todo ofício é bão
Vivendo na honestidade

Hoje sou home feliz
Não penso mais em vaidade
O que aprendi com meu pai
Levarei pra eternidade

Composição: Ado Benatti, Silveira

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