Luiz Marenco
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Final de Seca

Luiz Marenco


Pras bandas do poente
ergueu-se uma barra
calou-se a cigarra
assim - de repente
e um som diferente
ponteou de guitarra!

Lá longe - bem longe,
faísca e troveja,
silêncio de igreja
com ecos de bronze,
nas preces do monge
no amém do assim seja!

Tropeando a lonjura
o tempo que berra
fareja uma encerra
que o vento procura
e a chuva madura
traz cheiro de terra!

O tempo desaba
o mundo se adoça
na água que empoça
mais mansa ou mais braba,
a seca se acaba
e tudo remoça!

Nas almas sedentas não é diferente
as barras do poente
que se erguem violentas
depois das tormentas
acalmam agente!

Se as safras perdidas
tivessem gargantas
podiam ser santas
nas searas da vida:
são tão parecidas
as almas e as plantas!

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