E eu to bem, como Cobain pouco antes do suicídio Com mil fita na cabeça e pronto pra puxar o gatilho Com um motivo pra "tá" vivo e um milhão pra desistir Minha vontade é de um covarde, largar tudo e fugi Sumir, me encontrar, sinto falta da minha presença O que perdi foi o estopim pro sentimento entrar em falência Minha ausência aqui deu enfase a tudo que eu temo Tipo quando eu ouvir fazer sentido a Crisântemo Sumiram as marcas da pele, ficaram as marcas na alma Só lembro de eu chorando e minha mãe me pedindo calma Não sei se era por controle ou a falta de um controle Só sei que em algum momento isso fez eu perder o controle Fui bêbado e sozinho, igual Hancock, até entender Que aqueles copos cheios o meu vazio não ia preencher E que minha auto-estima não ia subir com elevador Porque tudo que eu fazia só faria elevar a dor
A vida não é um mar de rosas, mesmo assim nós mergulhamos De cabeça e nessas águas não tão limpas nos banhamos Mas tudo é aprendizado, voltado pro crescimento Não da minha estatura e sim do que trago aqui dentro
E eu cansei de ser covarde, igual Coragem nesse deserto Vou procurar algo que faça eu de mim me sentir mais perto Antes de eu querer ta perto e bem longe de pressão Sentindo algo que me faça, mesmo na depre, são E a depressão aqui consome, igual a fome na Somália Fazendo, eu mesmo livre, me sentir numa solitária As vezes penso que a morte talvez fosse um presente E a cura mais eficaz pra esse mundo tão doente Pro meu mundo tão doente, sinto tudo tão distante
Só quando vi o amor na maca percebi que era importante Se o ódio foi relevante em algum momento, era fraqueza Quando eu me deixei ser levado pela correnteza Pela minha fraqueza, pra Deus eu peço perdão Por quase ter me afogado nesse mar de ilusão Buscando uma direção, sem informação sobre a estrada Até enxergar no fim do túnel uma luz quase apagada
A vida não é um mar de rosas, mesmo assim nós mergulhamos De cabeça e nessas águas não tão limpas nos banhamos Mas tudo é aprendizado, voltado pro crescimento Não da minha estatura e sim do que trago aqui dentro