Lucas e Thiago

Jacarandá

Lucas e Thiago


O tronco frondoso do jacarandá
Na estrada onde o vento faz nuvem de pó
Divide a distância, meu mundo e o dela
Sozinha ela vive e eu vivo tão só

Os nossos dois nomes na hora do adeus
Gravamos no tronco do jacarandá
E desde esse dia não sei onde estou
E aquela que amo não sei onde está

Meu jacarandá, meu jacarandá
Meu mundo é tão triste do lado de cá
Será que ela está, será que ela está
Por mim esperando do lado de lá?

A verde esperança morreu para nós
No verde das folhas do jacarandá
Refúgio nas tardes dos raios de sol
Morada do triste cantor, sabiá

Talvez em seu tronco a casca cresceu
Meu nome e o dela o tempo apagou
Ou talvez a lua cansada da noite
Desceu do espaço e ali cochilou

Meu jacarandá, meu jacarandá
Meu mundo é tão triste do lado de cá
Será que ela está, será que ela está
Por mim esperando do lado de lá?

Talvez hajam espinhos cobrindo seu tronco
E ninhos de aves por sobre seus nós
Caindo dos galhos eu vejo o passado
A se balançar em seus longos cipós

Meu jacarandá de raízes profundas
Que busca umidade no peito do chão
Também minha mágoa arranca umidade
Em forma de pranto do meu coração

Meu jacarandá, meu jacarandá
Meu mundo é tão triste do lado de cá
Será que ela está, será que ela está
Por mim esperando do lado de lá?

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: José Fortuna e Sulino

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