Pobres mulheres perdidas

Que a fúria do mundo arrastou

Pela lama que suas vidas são vícios

E a festa é uma flor murcha

Eles riem com sua risada louca

Por dinheiro eles oferecem seu amor

E doe o mel da boca dele

Um copo de licor rico e espumante

Flor de lama

Capullito de Azucena

Que a dor deshojo

Flor de lama

Que rindo você passa pela vida

Escondendo o ferimento da tipoia

Esse destino engoliu você

Flor de lama

Essa sorte vai te arrastar para baixo

Com seu destino tão fatal

Flor de lama

Sempre me parece quando eu te vejo

Que só a morte pode

Acalme seu mal incurável

Se amanhã quando o dia morrer

Com seu ritmo que nunca é o mesmo

Você está surpreso com a triste agonia

Na cama de algum hospital

Com a garra do ceifador intruso

Vai afundar entre sua bela carne

E aquele seu aroma pobre iludido

Deve sempre flutuar em seu próprio poço