“Vota em mim, que eu prometo que só vou roubar poquin/ Sim!Vota em mim, pra tudo continuar assim/”
Vota em mim que eu prometo que vou mudar tudo/ Vota em mim que eu prometo que vou ficar mudo/ Quando ver gente roubando desviando do meu lado/ Fico quieto e faço caridade, calado/ Pro amigo deputado desolado coitadinho/ Tem que ter mesada pra andar no seu jatinho/ Já tinham te falado que eu sou ladrão?/ Não, é só intriga da oposição/ Então!Eu te do um quilo de arroz agora/ Desse jeito sou eleito, depois vou embora/ E não pode reclamar, foi você que votou/ Mas o que eu faço agora que o arroz acabou?/
“Vota em mim, esqueço do povo e lembro do din-din/ Sim!Vota em mim, pra tudo continuar assim/”
Vota em mim que eu prometo o que não posso fazer/ Cê vai ver, faço até uma lista de A, a Z/ Com as promessas grandiosas e palavras complicadas/ Pro povo achar bonito mesmo num entendendo nada/ E o dinheiro desviado? Onde é que cês meteram?/ Não declaro nada e amanhã já esqueceram/ Cê duvida?É vida, um dia depois você vai ver/ Eu com a cara deslavada te sorrindo na TV/ Na propaganda eleitoral em anúncios garrafais/ Com artistas contratados, efeitos especiais/
“Vota em mim, que mesmo roubando eu saio bem no fim/ Sim!Vota em mim, pra tudo continuar assim/”
(Agora é minha vez, e vocês?) Vão votar nesse aí mesmo sabendo disso tudo?/ Sobra no bolso dele, e falta verba pro estudo/ Ta tudo aqui do lado só na corrupção/ E tu desempregado, corre sem opção/ Da justiça, que só prende pé-rapado/ Se não pagar propina você é penalizado/ E se você não percebeu, eu te conto na lata / Os maiores assaltantes usam terno e gravata/ Muito pra poucos, e pouco para povo/ De quatro em quatro anos aparece um de novo/ Político safado/ Que sempre se safa porque é imunizado/ Andando por Brasília, olhando pro Congresso/ Mas eu não acho a ordem, muito menos o progresso/
“(Então) Não vota em mim, (não vota!) pra esse País não continuar assim/ Então não vota em mim, vamos mudar tudo Tim-Tim-por-Tim-Tim/”