Lisandro Amaral
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Para O Olhar de Quem Sente

Lisandro Amaral


Com permisso ou sem permisso...
Por milonga, apeio e canto!
Renasci de um campo santo
“Alumbrado por fogones”
E de “Gauchos cimarrones”
Também trago a rebeldia,
Na sincera melodia
Devo ser um Guarany
Que canta e que sente em si:
Alma, Campo e Nostalgia

Se a verdade galopeia
Noite adentro, alma afora
Feito umbu, que hoje escora
A linguagem dos “fogones”
“Son los Gauchos cimarrones”
Que irmanaram rebeldia
Na sincera melodia
Que teimo em cantar aqui,
É porque “Gaucho” nasci:
Alma, Campo e Nostalgia

Choro o triste do meu povo
Massacrado tempo adentro
E busco a força dos ventos
Fechando os olhos pra o mundo...
Meu verso - pampa fecundo –
Também vem do campo santo
E fez um dia meu pranto
Renascer cá na cidade,
Onde um cantor de verdade
Parou pra ouvir o que canto...

Era o sabiá andarilho
Do céu de todos os meus,
Do céu pintado por Deus
Para o olhar de quem sente
Sabiá de canto dolente
Pousou pra ouvir o que tenho
E sentiu porque mantenho
As precisões de cantar,
Não me peçam pra parar
Quem não sabe de onde venho!

Há, na verdade do homem
O olhar de quem o criou...
E pra quem nunca escutou
A singeleza dos ventos
Nenhum sabiá – céu adentro
Deve entender “yo no creo”!
Bueno! Componho os arreio,
Por milonga, me despeço
E quem não sabe o que peço
Vá descobrir da onde veio!

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