Lheo Zotto
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Ebó de Rima

Lheo Zotto


Um salve pra quem é de salve
Axé pra quem é de axé
Lheo Zotto, mestre BZK
no hip-hop de terreiro a rima é o ebó

Ao som dos tambores, escuto o chamado
estralar dos aguidavis no couro esticado
Peço licença pro mensageiro Exú
que traga muito axé pro meu Ori inú
O Bumbo a caixa o RUM e o Lé
é África bambatta com microfone de Odé
Toda energia vital do orum pro ayê
(LaroiêXu, Laroiê)

Um rico universo entre o real e o simbólico
que faz o vivenciar bem menos melancólico
Estimistas, sublimes dos sambas de caneta
não deixam minha auto estima dentro da gaveta
As ruas meu altar, as rimas meu ebó
me fazem um guerreiro como foram os Reis de Oyó

A cada verso desenhado pelas emoções
eu estraçalho a persistência dos grilhoes
É evocar os pensamentos ancestral Africano
fortalecendo o Ori

decada mina e mano
Seja na roda de breack ou na roda de santo
que orolum lance sobrenós o seu encanto
(Axé)

(É meu ebó de rima)

(Mestre Bazaka)
Trazendo Africa pra mais perto das produças Musicais
O hip-hop de terreiro Fevereiro nos carnavais
me sinto em casa e fico com os pés no chão
Invoco as ruelas e os orixás na minha proteção
Que não falte o spray sagrado, latex no vivo colorido
Que não falte a malha, dança curando o dolorido
Contra o monstro do pessimismo
dinamismo do Kuttzilla pronunciando a

palavra hip-hop em cada Urbe e vila

Sou rei Congo do chocalho incandescentes
alem de fazer versos de melanina
a mente atina outro frêvo
sou puro relevo deformado pela
fricção dos maracatus
Samba dos bumbos dos fosfóros
se unem ao microfone com saliva
Dou vivas ao do som requintado
e requentado na cozinha africana
No mesmo palco emboladores
mc's fazem um escarcel, tecendo rimas

no cordel e em poetizado aos ancestrais do
hip-hop encandencia me credencia a sonhar mais alto
igual o dia que o Claudião fez moinho de vento no asfalto
é sintomático, movimento automático te arrebanha
As palavras criam vida sem refino o olhar
e a boca se assanha
e a vontade de cantar igual Thaide na continua
Se a luta é diária eu to na rua
Bzk, Lheo Zotto
(Axé meu mestre)


(É meu ebó de rima)

COSI Ori inú, Cosi asè
sem consciência, sem poder, sem fé
A vida é luta guerreiro. E a luta não é fácil guerreira
Faça um ebó de suas emoções, pro seu orixâ interior
Enquanto você tiver fé
é ai dentro que vai morar o seu axé

No hip-hop de terreiro a minha rima é meu ebó

Composição: Lheozotto / Bazaka

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