Mergulhado no poço da dor Não, não é sua culpa amor Eu que tenho usado o pavor como desculpa Com tanto pra dizer, mas com ninguém pra ouvir Sem força, pescoço na forca Foi tudo que eu consegui
E ai, eu tentei, sim, juro que eu tentei Fazendo de tudo por todos aqueles que mais amei Por Deus, me importei, mataria por você Tudo o que eu mais queria era não te ver sofrer
Tão longe de tudo, num lugar frio e escuro Os muros me sufocam, nem sei mais o que é ar puro Mesmo com o coração duro, não consigo esquecer Só queria uma chance de ser quem eu quero ser
Mas ninguém pode salvar um futuro sentenciado Não adianta orar, se ninguém ouve do outro lado Afogado em pecado, com tudo desmoronando Me sinto morto por dentro, mas ainda respirando
O som do silêncio afaga meu coração As memórias de nós dois apagam minha aflição Sinto sua respiração, justificando o porque Deitado, imaginando o futuro que não vou ter
Amor, o mundo não é justo e eu sei Juro, o plano era envelhecer com você E eu que nunca levei fé em céu, anjos pra guardar Realmente agora espero que exista alguém por lá
Não chore quando eu for, não Eu vou estar aqui sempre Mas por favor entenda, então Que os melhores sempre morrem Pelas suas próprias mãos
E o concerto não cobre o dano Como que vou viver longe daqueles que eu amo? É impossível, sinto meu peito arder Mau agouro, choro, frio, algo vai acontecer
Talvez o maior erro que já tenha cometido Não sabia quem amava até que os tenha perdido E agora tudo faz sentido, calma, é só o carma Camisa ensanguentada Só mais suja que minha alma
Sempre mantendo a máscara Bancando o indestrutível Quem sabe se eu tivesse sido Um pouco mais sensível Mas era impossível, sempre fui desatento Agora daria tudo pra poder voltar no tempo
Tudo desvanecendo e não dá pra voltar atrás O céu escurecendo, sinto que é tarde demais Sem alento, isolado, caminhando com as trevas É, eu estava errado, meu coração não é de pedra
Não chore quando eu for, não Eu vou estar aqui sempre Mas por favor entenda, então Que os melhores sempre morrem Pelas suas próprias mãos
Eu me importei mais que tudo nessa vida Sabe, eu acho que esgotei as tentativas E quanto mais tentei ver, mais me sentia cego Será que você pode me ouvir enquanto rezo?
Como na última ceia, nas veias o sangue ferve Imagino mil motivos pra desistir, mas não servem Penso em nós a sós, das promessas que eu fiz Já não mais me importa como vou sair daqui
Por favor não sinta pena, culpa ou ódio também Fala pra minha pequena que tudo vai ficar bem Nem por um segundo chore ou se sinta mal Tudo vai fazer sentido quando chegar no final
Eu nunca quis me afogar no próprio sangue E agora meus planos já não são mais relevantes Mas só existe um jeito de manter minha alma sã Desculpa amor, eu não vou te ver amanhã