Lá fora o vento sopra e o silêncio adormece De dia eu cantava e á noite eu sentia dor Até que tudo fica claro enquanto o dia amanhece E vi nescessário o vazio pra extinguir a dor
Até que um dia parou, quando os remédios não faziam mais efeitos, foi quando aquela luz me acordou
Eu quis ficar sobre a luz da lua em meu caminho E aquela luz era você, percebi que era você Quem me ouvia e me assistia antes de eu nascer E trouxe a água e um curativo em suas mãos Eu não sentia mais a angústia por dentro
A dor de sentir o mundo machucado já que meu corpo cansado estava inteiro E aquele sopro que aqueceu o meu coração Que antes era inerte pelo horror de um mundo vazio Eu quase não respirava mas você me deu a água que trazia em suas mãos
Quando eu senti a pressão do mundo eu sangrei E o curativo que me deu era pão Pegou-me pelas mãos e me ensinou a caminhar E pelos vales das montanhas eu andei Entre as montanhas eu andei O que tiver de ser será Cheguei a fechar os olhos acreditando estar no paraíso, mas nunca desisti Eu nunca recuei, mas nunca desisti.