Zé firmino era um homem desonesto Bem ambicioso e ruim de coração Todo dinheiro que ganha ele escondia Muito escondido lá dentro do seu colchão Pra sua esposa ele mentia toda hora E a seus filhos não dava nenhum tostão Ele queria ajuntar bastante dinheiro Para fugir com a filha do patrão
Quando vendia alguma coisa na cidade Pra sua família ele falava com clareza Eu fui roubado, um ladrão me assaltou E no colchão ele escondia sua riqueza
Um certo dia seu filho ficou doente A pobre esposa ficou logo com cuidados Pegou o filhinho e procurou um bom doutor Para curar aquele seu filho amado Quando o doutor examinou a criancinha Olhou a mãe e foi falando bem ligeiro Minha senhora, seu filhinho foi mordido Por um inseto por nome bicho barbeiro
Jogue veneno na parede bem depressa Assim os bichos vão se ver em desespero Seria bom queimar o seu velho colchão O cobertor, o lençol e o travesseiro!
A pobre esposa foi pra casa bem depressa Pegou o colchão e arrastou lá no terreiro Pôs querosene, botou fogo, num instante Aquilo tudo se transformou-se num cinzeiro O seu marido que vinha chegando em casa Ao ver aquilo urrava feito um leão Quis apagar o fogo, mas não conseguiu Teve um ataque já morreu do coração
Entre as cinzas sua esposa viu um pedaço De uma nota que rolava pelo chão Compreendeu que o dinheiro do marido Estava dentro daquele velho colchão Olhando o esposo lá no chão estrebuchado Deu um sorriso e para Deus pediu perdão Depois, num ar de pouco caso, ela falou Isso é bem feito! pagou caro sua traição!