Eu sou apenas um moleque Demorei tanto tempo para perceber que
Agora é tarde de mais para tentar consertar As merdas que ao longo de minha vida cometi Dói de mais!
Sombras fantasmagóricas De um passado ancorado em minha alma Para que nunca mais esqueça Das pessoas que um dia feri Vidas sepultadas pelas mãos geladas da minha frieza
E eu sempre me achei o dono da verdade Sabe, tudo sempre foi tão preto no branco Costurei minha história por linhas tortas Páginas de um livro escrito com sangue
Daqueles que um dia me amaram E avisaram que eu estava errando Que acabaria em prantos Sozinho canto, esperando que no futuro Meus atos me deem o perdão das vidas Que acabei retirando!
Irônico talvez? Até porque nem eu mesmo me perdoo pelos meus feitos Então me calei, me tranquei Viajei pelo mundo, tentei me purificar, não obtive efeito!
Prometo que te darei proteção Prometo que serei a luz na escuridão
Não peço que esqueçam o que eu fiz Peço que me deixem tentar, por favor não diga não, então!
Prometo que te darei proteção Prometo que serei a luz na escuridão
Sacrificarei minha vida Para que um dia talvez seja merecedor de vosso perdão!
Não da para mudar os erros que cometi, mas o futuro sim! Proteger a vida de vocês prometi, até o meu fim!
Atormentado pelos espíritos que gritam a minha volta Não tem mais volta, desculpas! Vivo, sirvo, com enorme peso nas costas Me ergo da fossa para mais um dia de labuta pois
Viver já é um pecado imperdoável as memórias Das famílias dos ancestrais que feri e Sobreviver a dor imensurável E carregar o fardo de saber Que a maior injustiça com meu irmão cometi
Prometo que te darei proteção Prometo que serei a luz na escuridão
Não peço que esqueçam o que eu fiz Peço que me deixem tentar, por favor não diga não, então!
Prometo que te darei proteção Prometo que serei a luz na escuridão
Sacrificarei minha vida Para que um dia talvez seja merecedor de vosso perdão!
Viver assim é pior que morrer, me afastei de todos Sozinho eu e esse solo Não que não os ame Mas é que simplesmente Não tenho coragem de olhar nos olhos
E ver o brilho no olhar de quem ama seu pai Sem saber o monstro que ele é Pois é, o mesmo monstro frio e faminto Que por dentro continua corroendo a minha fé
A cada semana que passa A vontade de continuar fica mais escassa! E eu persisto em tentar Para que talvez um dia consiga me perdoar!