Estas flores exalam um perfume mortal Trazem a satisfação doentia de quem pratica o mal De quem só conheceu o mal Sentiu na pele o mal e hoje reage com todo o instinto animal Aos que encarceraram a sua liberdade Ódio eterno ao estado e toda a sociedade A quem do conforto de casa olha com desconfiança A quem deita ao lixo o que sobra da abastança A quem tem nojo do miúdo que pede no semáforo A quem faz do miúdo vÃtima do seu desaforo A todos que ignoram esta infância abandonada O perigo está à espreita a cada passo na calçada A quem separou famÃlia quebrando o ciclo de vida A quem deu liamba e negou escola criando um homicida