Júlio Dias

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Júlio Dias


Deixou o tempo escapar
Meteu os pés pelas mãos
Trancou-se na demência do particular

Desaprendeu a desatar
O nó que irascível o tornou
O pudor que lhe escapou

Em nenhum lugar ele chegou
Ao andar, em vidro ele pisou
Aturdido pelos ruídos das vozes que não lhe dizem nada
Da sorte que lhe foi arraigada
Em nenhum lugar ele chegou
Ao andar, em vidro ele pisou
Aturdido pelos ruídos das vozes que não lhe disseram nada
Da sorte que lhe foi arraigada
Do sangue jorrando sob as pedras
Da seca, da letra

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