Parceiro me faz uns versos Com rimas bem traquejadas Sei que tens ?café no bule? E não vai te custar nada, Pode falar de entrevero Num ?chichão? de cola atada De ?se arriscar o pelego? Por uma ?boca pintada?.
Pode me falar de doma E da vida nos arreios, De eguada caborteira E pingos buenos de freio, Falar de ?cupiar? e quincha Debruçada nos esteios, E uma gaita de ?oito soco? Debulhada em floreios.
Se me faz esse ?regalo? ?A carreira tá atada? ?Eu acarco a vaneira?, Da ?Véia Descaderada?, É de limpar quarto das moças?. E até ?bruxa? ser sorteada E saltar eitos de ?butiá? Do ?bolso? da gauchada.
Esses versos que te peço Quero cantar em galpão, E casar com essa vaneira, Que ?farquejei num supetão?, Por ?Véia Descaderada? Já batizei esse trancão. Quem tiver espinha ?torta?, Ajeita antes do refrão.
Com teus versos na minha gaita Vai ser lindo o entrevero Vou ?tracá? de todo fole, E ?botá? fogo no vespeiro, Abro a goela e dou-lhe boca No meu jeito bem campeiro, Que até a poeira do chão, Fazê sombra no ?candieiro?.