Numa terra do nunca, onde nunca teve fada Não teve pais, não teve paz, não deve culpa de nada Apenas 12 anos, testados como homens Na terra do nunca onde tantos morrem jovens Seus carrinhos, bonecas, histórias do avô Num ato bizarro lobo mal sopro A fada do dente não anda contente Crianças sem lares, mais perto de um pente Nos contos histórias, Freddy Krueger chegou, Reino Pegou as crianças, seus sonhos e os degolou Aos arredores ainda a esperança isso preocupa o bicho papão Pequena semente resistente a este chão João e o pé de feijão Pinóquio nessa terra se diz governante Promete de tudo no seu alto falante Acham que a culpa é só dele, não fazem nada para melhorar Branca de neve vai ter que acordar
Venham, venham, venham todas É open Sorvete Crianças entram na câmara E saem Sabonete
Eu vejo um muro que á de ser quebrado A luz não chega só que existe algo no outro lado Em cada rua cada beco perdido na solidão Tem várias sombras e pra cada sombra existe iluminação Queria ter a chance de viver como uma criança normal Me vejo entre lixo sinaleiro, farrapo, realidade natural Em meio aos humanos onde passo despercebido Marginal, imundo, burro, sem futuro, mendigo! Não tem teto não tem família, não tem perspectiva Pra uma história de terror só relata sua vida Como inseto vida curta ele tem Cada minuto dela não deseja para ninguém Bem vindo ao céu pequenino, você já tá morto Papai cê não sabe quem foi mamãe te fez aborto Bem vindo ao céu pequenino, você já tá morto Papai cê não sabe quem foi mamãe te fez aborto Os meninos perdidos moravam dentro de uma árvore oca Salvem as crianças, pois os adultos já não têm solução Hora bolas!
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Rapunzel enforcou-se com seu cabelo Aladim tá sem tapete sem dinheiro 3 porcos fardados não sabem mais quem são Será que são herói ou sera que são vilão Todo mundo se faz de amigo do gênio e limpa á lâmpada No desejo deseja ter mais desejos, que ganancia Agora tem álcool na mamadeira Mickey Mouse se fodeu na ratoeira Alice surfistinha, na esquinadas maravilhas Chapeleiro cafetão, tá vendendo umas virilhas Chapeuzinho vermelho vá pelo caminho da escola Desvio a trajetória tá no beco fumando uma tora Hora Bolas! Sete anões assaltam banco é manchete no jornal Sereia engoliu petróleo, faleceu na fila do hospital Pra que nascer, pra que nascer assim, se não dá para crescer histórias infantis ou a infância vivendo histórias Hora bolas!
Venham, venham, venham todas É open Sorvete Crianças entram na câmara E saem Sabonete