Amigo velho outro dia desses Fui no teu rancho e não te encontrei Por ser amigo e ser de confiança Dei um jeitinho na porta e entrei No interior da tua residêcia Alguns momentos passados lembrei Na esperança que logo voltasses Muito à vontade um chimarrão tomei A meia tarde me bateu a fome Fui na cozinha olhar as panelas Achei arroz na caçarola preta E no forninho um resto de costela Misturei tudo numa frigideira E no fogão avivei a brasa A impressao que tive nessa hora Foi a de estar na minha própria casa.
Este amigo que eu falo é um amigo Desses amigos que bem poucos tem Na casa dele eu me sinto em casa E a minha casa é dele também
Embora ele não estando em casa Parcialmente matei a saudade Revendo quadros e fotografias Que comprovavam a nossa amizade Na minha saida escrevi um bilhete Bem curto e simples mas que na verdade Foi um convite pra que ele venha Para cobrar a hospitalidade Se acaso o rancho estiver tapera Pode invadir e fzer o que eu fiz E se a bagunça for maior que a minha é a medida pra me ver feliz Minha amizade não tem preconceito não tem reservas e nem diferenças Eu sou amigo para que que hora No imprevisto na festa e na doença