Joca do Bb
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Ester Matou o Zóide

Joca do Bb


Refrão
Ester matou o Zóide, de camisinha
Ester matou o Zóide, ficou sozinha

Ester sabia que seu marido vivia a natureza
de ser macho em período integral
Ele botava sua camisinha nova, a botina camurçarda
e dizia ser o tal
Saia louco, em sua moto importada, de potência envenenada,
toda noite a vadiar
Acreditando que Ester nada sabia
descolava uma guria pra ver a cobra fumar

Ester traçou uma vingança tão estranha,
sua ira era tamanha, que chegou a planejar
?Eu vou matar esse safado sem vergonha,
sua alma tão bisonha, no inferno enterrar.
Vou me esbaldar de dar risada em seu velório
e depois do crematório, suas cinzas vou soprar.
Fazer um brinde, em menção daquela hora,
quem quiser que chore agora ou vá chorar noutro lugar?

Enquanto isso, o lobo Zóide dava duro com uma mina,
no escuro, de um motel à beira-mar
E mal sabia que Ester tava por perto,
com o seu olhar esperto, pra vingança consumar
Ester chegou e já meteu o pé na porta,
pegou o Zóide na toca, e fez o moço engasgar
Aproveitou a sua boca na mamona,
disparou uma azeitona e fez o Zóide viajar

E, hoje em dia, Ester vive na tranqueira,
é viúva e pistoleira de um motel no Gurupá
Herdou a casa, uma moto, uma foto
e vive fazendo voto pro Zóide ressuscitar
Contam que o Zóide tá morando lá no céu,
comendo mamão com mel, e nem lembra de voltar
Mas vez em quando, no meio da madrugada,
uma moto envenenada faz o povo arrepiar

Composição: Jairo Góes, Sérgio Porto e Fernando Magea

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