Joarlei Papa
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Dias Frios

Joarlei Papa

Elevação Pessoal


No meu quarto trancado em um estado nostálgico
Só tenho a fé e uma vela ao lado
Me prendo nisso temendo um fim trágico
A lua é linda, mas hoje o céu tá nublado
Estrelas somem, crianças param de sorrir
Tenho a convicção que estou preste a cair
Mas não me entrego e nem penso em seguir
O karma é meu e eu não posso dividir

Eu já pensei no que fiz e que faço
Atitudes que tomei que me levaram ao fracasso
Logo reflito de cabeça baixa meu passado
Não me conformo, mas sei que é justificado
Todo esse tempo da minha vida desperdiçado
E nessa trilha perdida eu vejo cada passo
Tipo um quebra cabeça que foi desmontado
E muita peça que ficou perdida no espaço

A minha alma faz um desabafo
Mostrando que o mundo só tinha me enganado
E na parede observo o antigo retrato
O vento sopra, a vela apaga e eu sinto um colapso
O tempo é frio e eu to desesperado
Olho pro céu e ele continua nublado
E cai chuva e só piora o meu estado
Eu já gritei tanto e ninguém tem escutado

No meu espelho vejo vários semblantes cansados
Com impressão que querem deixar um recado
Não tenho medo, muito menos o corpo fechado
Se for o fim: Espera ajoelhado
Enquanto rezo peço para não ser um presságio
E que seja só coisa do meu imaginário
Em transição interna eu vejo tudo acordado
Pior que pesadelo, eu to alucinado

Sem compaixão nos corações, vejo milhões
Vagando sem direção em multidões
Em poço de escuridão, eu busco luz
Aonde tem amor a fé que me conduz
Sem compaixão nos corações, vejo milhões
Vagando sem direção em multidões
Em poço de escuridão, eu busco luz
Aonde tem amor a fé que me conduz

Na minha mente são várias lembranças
De meu avô e de toda minha infância
Mas sinto sua presença mesmo com essa ausência
A vida sem você aqui faz tanta diferença
Inerte, olhar frio, eu creio em Deus e peço clemência
Pois compaixão nos corações tão em inexistência
Psicoativo confisco rabisco da minha mente
Vou transcrevendo essa sensação diferente

No papel meu limite é o céu
Saudade arde e descreve um destino cruel
Fiquei de canto e taxado como réu
Provei meu pranto com amargo sabor de fel
Abandonado, meio apático levei meu fardo
Desenganado, nesse quarto em um estado estático
Fiquei quando eu fui informado
Não acreditei, mas meu mano tinha se suicidado

Enclausurado, nunca me sentir pior
Escuto acordes de piano em tom menor
Na noite vem a insônia que me consome
Traz aflições como já é de costume
A solidão da depressão ninguém tá imune
A sensação de estar perdido sem plenitude
Encontrou a insensatez do meu lado rude
Afogado em puro ego nem fiz o que pude

Dias frios é um presságio de inverno insano
A vida é um ciclo e sem limite estamos
Acredite em si e siga em frente mano
Infinitamente sempre tente mano
Com fé, além do horizonte enxergamos
Independente de religião, vamos
Mais compaixão é tudo que precisamos
Nesse mundão onde os corações tão esfriando

Sem compaixão nos corações, vejo milhões
Vagando sem direção em multidões
Em poço de escuridão, eu busco luz
Aonde tem amor a fé que me conduz
Sem compaixão nos corações, vejo milhões
Vagando sem direção em multidões
Em poço de escuridão, eu busco luz
Aonde tem amor a fé que me conduz

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