João Mulato e Pardinho

Janela da Vida

João Mulato e Pardinho


Nos poros da mente vagueiam lembranças
Que chora a criança do meu tempo ido
Gorjeios de aves de verdes sem fim
Cheiroso alecrim dos campos floridos

Também me rodeiam os meus companheiros
Velhos boiadeiros, heróis do sertão
Boiada e berrante também currutela
Tapera e donzela e a estrada de chão

Foi quando deixei mais que de repente
A estrada e o sol quente, campinas floridas
Lá estava o passado com a saudade brincando
E os anos fechando a janela da vida

Crescia com os anos de viagem a viagem
A grande estiagem em meu coração
Cochilava no tempo as léguas vencidas
Também despedida deste velho peão

Lá estava também meu cavalo ensinado
Já velho e cansado sem mais serventia
Até o latir da cachorra Baleia
Por certo anseia por pousada e vigília

Foi quando deixei mais que de repente
A estrada e o sol quente, campinas floridas
Lá estava o passado com a saudade brincando
E os anos fechando a janela da vida

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Paraíso e J. J. Barretos

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