Amigo velho, sou eu mesmo e me apresento Eu tenho a alma da gente do meu rincão Estendo a vista bem além do horizonte E vejo o mundo se tapeio o chapelão Aprendi cedo que a cordeona fala alto E diz verdade quando alguém me desafia Fiz minha estrada caminhando, passos firmes Tocando a vida até que clareasse o dia
Amigo velho, sou de vento e brisa mansa Sei que a fronteira vai além da própria vida Conheço a pedra que acomoda o fio da faca Só faca afiada que vai dentro da bainha Amigo velho sei gostar de quem me gosta Conserva o tanto que a vida me ensinou Sei que a humildade não se acha nos bolichos Por isso sigo sempre sendo quem eu sou
Conheço o trote do cavalo quando é bueno E dos matreiros sei a volta de chegar Dou uma tropa pra não entrar numa briga E me garanto se me chamam pra tropeada Amigo velho sou eu mesmo e me apresento Mão estendida quando o outro precisar Sou mais rio grande quando abro a cordeona Só fecho ela quando o baile terminar
Amigo velho, sou de vento e brisa mansa Sei que a fronteira vai além da própria vida Conheço a pedra que acomoda o fio da faca Só faca afiada que vai dentro da bainha Amigo velho sei gostar de quem me gosta Conserva o tanto que a vida me ensinou Sei que a humildade não se acha nos bolichos Por isso sigo sempre sendo quem eu sou