João Luiz Corrêa

Alma de Taura

João Luiz Corrêa


A alma de um taura não nasceu pra ter sossego,
pois os pelegos dormem no lombo do pingo,
quem corta o mundo, sempre encurtando distâncias,
acalma as ânsias num perfume de domingo.

Caraguatá, unha-de-gato e carrapicho,
nunca foi bicho pra fazer trocar de rumo,
quem traz na alma a xucreza do campeiro,
por caborteiro faz do tempo o seu aprumo,
jeito de guapo com a altivez de um galpão,
garra de um chão retemperado na vivência,
todo gaúcho desse Rio Grande machaço,
sabe que o braço abre o caminho da existência.

Todos os rincões trazem mesclados seus costumes,
e até tem ciúmes quem não naceu por aqui,
aperá um pingo e se pilchá bem a preceito,
é um direito, que se tem desde guri.

O nosso Estado traz na alma a tradição,
e um coração que é farroupilha de nascença,
nossa doutrina secular abagualada,
já vem timbrada, no bojo desta querência.

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