Fala pra mim, por que é tão difícil? Por que eu não sei viver e é tão grande esse edifício Por que é tão diferente de como todo o resto faz? Não tenho essa facilidade e eu não encontro paz
Por que tantos olhos o tempo todo? Buscando minha sanidade, mas acho que eu 'tô louco Por que tudo parece vir tudo depressa e de uma vez Em cima de mim, acho que vai ter minha queda
Por que é tão difícil fazer as coisas mais básicas? Por que eu tenho sempre, mano, que vestir uma máscara? Por que eu não consigo ser invisível quando eu quero? Por que eu sou invisível logo quando eu não quero?
Eu não consigo virar no pouco que eu sou bom Pra compensar esse desconforto, desisti de fazer som Eu me sinto vivo quando queria me sentir morto E eu me sinto morto quando eu gostaria de me sentir vivo
Preciso do incentivo Essa dor que dói mais do que o dente do ciso Por que quando eu menos quero tem tantos olhos em mim? Por que, por que, meu mano, será que isso vai ter fim?
Ah, por que é tão difícil? Minha alma inflama e eu me sinto encurralado Ah, se acabar o limite de caracteres Desse bloco de notas, eu tenho um infarto
É fato, deixei tanto rastro, tantos risos Tantos laços e eu quero sumir dessa cidade Não quero nunca mais ver os rostos que me viram E riram sem nenhuma necessidade
Desde criança eu sinto o mesmo sufoco Nada mudou, só piorou mesmo agora, moço Por que ficar de bruço não é igual como era antes Tudo agora é mais pesado e agonizante
Só um instante, tem mais pus pra sair Não quero ver ninguém, mas se tem tempo, passa aí Quanto tempo pra sorrir? Tristeza e felicidade Dualidade, qual predominante aqui?
Predominante aqui?
Uma fração de um surto Choros, velas e lutos Continuo a guerra, eu luto Debaixo da terra é escuro
E só tem eu aqui 'Cê não vai sentir Só tem eu aqui 'Cê não vai sentir
Só tem eu aqui Não adianta insistir 'Cê pergunta, fi E eu não sei exprimir