Num beco da Ribeira, junto ao rio A chuva miudinha, ancestral, Num restaurante antigo, agora aberto, Camilo escreve um artigo de jornal, Enquanto aguarda um tipo, pró bater, Que vai ao Magestic, muito queque, O Gomes marca um golo divinal Fintando o guarda-redes e o beque!
E um fadista numa tasca ali ao pé Canta a história do Simão, Do amor de perdição Que é aquilo que o Porto é.
INSTRUMENTAL
A Gaia, tão inglesa, chega o vinho Rabelo do Pinhão para o estrangeiro, Pedroto vai às Antas e, a caminho, Saúda Dom Afonso, o rei primeiro, Que em busca de Lisboa, do amor De uma maometana, passa o freixo, Enquanto, com o Eça, o Ramalho Come um par de filetes no Aleixo!
E um fadista numa tasca ali ao pé Canta a história do Simão, Do amor de perdição Que é aquilo que o Porto é.
INSTRUMENTAL
O Porto de um poema de Eugénio De Andrade tão sentido pelo Tê, Do Douro, das barcaças dos franceses, Da ponte D. Luiz que o Eiffel fez, Enquanto conversava com o Oliveira, Manoel, não com u, mas com um ó, E o Benfica perdia com o Salgueiros E ele filmava o Aniki e o Bobó!
E um fadista numa tasca ali ao pé Canta a história do Simão, Do amor de perdição Que é aquilo que o Porto é.
INSTRUMENTAL
Num beco da Ribeira, junto ao rio A chuva miudinha, ancestral, Num restaurante antigo, agora aberto, Transcrevo este retrato original Ditado por Camilo e Ana Plácido Do fundo do cácere ignominioso, Com letra de um poeta marginal E música do Braga ou do Veloso!
E um fadista numa tasca ali ao pé Canta a história do Simão, Do amor de perdição Que é aquilo que o Porto é.
INSTRUMENTAL
E um fadista numa tasca ali ao pé Canta a história do Simão, Do amor de perdição Que é aquilo que o Porto é.