João Bosco

O Medo

João Bosco

As Mil E Uma Aldeias


Deu meia-noite agora e sem sono eu me deito
Lá fora a lua aclara a treva escura é jogo feito
Um vulto me apavora um olho, o voo de um suspeito
Vixe, nossa senhora afastai esse morcego

Livrai-me desse medo
Eu rogo, eu peço arrego
Sai medo de mim
Sai de mim

Água, água

Água de fogo eu choro a me ferir
Meu grito é um silêncio sem fim
Eu suo seco sem saliva
Sob o sol sem sombra
É sempre deserto em mim
E sigo a seco sem uma nuvem no céu
Só sede queima o meu jardim

Deu meia-noite agora e de tudo eu tenho medo
Lá fora a lua aclara e do medo nasce medo
Um vulto me apavora
É que do medo eu tenho medo
Vixe, nossa senhora
É medo, é medo, é medo, é medo

Livrai-me desse medo
Eu rogo, eu peço arrego
Sai medo de mim
Sai de mim

Água, água

Água de fogo eu choro a me ferir
Meu grito é um silêncio sem fim
Eu suo seco sem saliva sob o sol
Sem sombra é sempre deserto em mim
Eu sigo a seco sem uma nuvem no céu
Só sede queima o meu jardim

Olho pra frente, olho pro lado
Olho pra trás já fatigado
É tanto medo
De repente não dá mais

E penso mudo, penso inteiro
Penso tudo, em desespero
Corro em vão, não tem saída
Estou na mão

E sinto frio, sinto ardência
Sinto sempre alguma ausência
A febre vem e no vazio se detêm

E vejo caras, vejo bocas
Vejo taras quase roucas
Um horror por trás é sempre medo e dor

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