Jayme Caetano Braun

Missioneiro

Jayme Caetano Braun


Rezo a prece inaugural
do payador das missÔes
que amanheceu nos fogÔes
sobre um couro de bagual
enquanto ouvia um sorçal
floreando um hino de guerra,
na melodia que encerra
a origem dos instrumentos
e o tupĂŁ - senhor dos ventos,
benzia os cantos da terra!

De onde venho? - pra onde vou?
- o que nĂŁo sabe - adivinha!
venho do riba da linha,
lĂĄ - onde a pĂĄtria se gerou.
O rio Uruguai berrou
e fez que a terra se abrisse
e dali - o guasca surgisse
sobre o lombo do cavalo,
volteando a histĂłria de um pialo
pra que o gaĂșcho existisse!

Morri - mas ressuscitei,
das cinzas da minha fé,
o sangue de São Sepé
me fez santo - eu me fiz rei:
gaucho me transformei
num barbaresco improviso
e - ali no chĂŁo impreciso,
de parceria com o vento,
sou hoje - o prolongamento,
do chĂŁo sagrado onde piso!

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