Eu nasci num ranchinho da serra Na nascente de um ribeirão Fui crescendo e aprendendo Com meus pais e meus irmãos Enfrentando sol e chuva, cuidando do nosso chão Ali era o meu paraíso, um sítio no meu sertão
Meu pai sempre madrugava, tirava leite no curral Mamãe preparava o café, logo eu ia lá pro quintal Descascava milho no paiol, pros porcos ali no chiqueiro Eu gritava com as galinhas, debulhando milho no terreiro
Depois nois ia pra roça, cuidar da nossa plantação Eu cantava com os passarinhos, a melodia do sertão Também já fui candeeiro, guiando o carro de bois Riscando o chão das estradas, num tempo bom que se foi
Hoje eu vivo na cidade, minha profissão é doutor Mas não perdi as raízes, legado do meu bisavô Pra aliviar minha tristeza, minha história nessa canção Orgulho do meu passado, eu já rocei muito chão
O meu ranchinho eu deixei e nunca mais voltei, pra ouvir o canto do inhambu do sertão. E hoje eu canto sozinho, tristeza segue meu caminho e a saudade o meu coração O meu ranchinho eu deixei e nunca mais voltei, pra ouvir o canto do inhambu do sertão. e hoje eu canto sozinho, já não canto com os passarinhos, a melodia do meu sertão.