Jacintho
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Sobre Flores na Cama

Jacintho


Deixa eu me sentar
Quem sabe assim posso pensar
Melhor no que se foi
Nasceram flores nessa casa
Cheiravam rosas nessa cama
Mal me lembro do depois
Me perdi, quando perdemos a noção
Do que era pra ser
Seres tão profundos e imaturos
Que levantaram o próprio muro e
Deixaram ele ceder

Com sede de um pouco mais
Num escasso rio que só deságua
Encharcava o mundo, encharcava tudo
Encharcava os olhos, menos essa maldita casa

Lembro desse piso frio
Quão quente fora por nós dois
Suor das costas e pescoços
De beijos intensos de amor

Do outro lado a nossa cama
Ali brotou um galho de esplendor
E desabrochou um nó na garganta
Quando choramos sem pudor

E naquela porta as digitais
Tais tão molhadas até hoje
De lágrimas, respiros e babas
De gritos para que não fosse

Mas ali fora na calçada, ficou um lírio
Que não é de mais ninguém
Iguais as flores pela casa
Iguais as noite em que me deitei sem

Perdi igual, mas como é se perder
Se ficaram flores pela casa
Ficaram medos nessa cama
E só, vou me deitar, por quê?
Se ficaram flores nessa casa
Ficaram medos nessa cama
E eu, só

Do outro lado a nossa cama
Ali brotou um galho de esplendor
E desabrochou um nó na garganta
Quando choramos sem pudor

E naquela porta as digitais
Tais tão molhadas até agora
De lágrimas, respiros e babas
De gritos para que não fosse embora

Mas ali fora na calçada, ficou um lírio
Que não é de mais ninguém
Iguais as flores pela casa
Iguais as noite em que me deitei sem

Perdi igual, mas como é se perder
Se ficaram flores pela casa
Ficaram medos nessa cama
E só, vou me deitar, por quê?
Se ficaram flores nessa casa
Ficaram medos nessa cama
E eu, só

Letra enviada por Murilo Henrique

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