Jacinta - Musical

Dueto

Jacinta - Musical


E como está nossa senhora?

Está para qualquer hora
Cospe a alma e o sangue fora
Tonéis de vida derramada

Então está por um triz
Ou faço a rainha feliz
Ou tenho a mão decepada

A pobre está moribunda
Sofre dores em toda a carne
Das narinas até a bunda
Só geme, estrebuncha e arde

Das narinas até a bunda?
Não me faças barafunda
Onde fica esse lugar
De que nunca ouvi falar?

A palavra é africana
Mas o lugar conheces tu
É aquela traquitana
Que a gente chama de cu

Que povo mais atrevido
Traz bunda e traz lundu
Este mundo está perdido
Se até a rainha tem cu

Pois quem tem cu tem medo
E a rainha desde cedo
Espera do escritor real
Um nova peça teatral

Diz que só vai bater as botas
A ouvir-te contar lorotas
Sabes como ela ama o teatro
Como por ele ela cai de quatro

Trouxe-lhe então um auto novo

Um auto novo? De que marca?
Ford Bigode ou Chevrolet?

Não te entendo, não te entendo, um auto da barca
Isto é
Não se vai ao inferno a pé

O que a rainha pediu eu fiz
Mas o diabo é aquela atriz
Vai acabar com minha carreira teatral
É a pior atriz de todo Portugal

A rainha por decreto
E sem dar direito a veto
Arranca a língua às más atrizes
Se ela é ruim como dizes
Seu destino já se viu
A rainha vai mandá-la

Para a puta que o pariu?
Para o Brasil
Que rima pobre!

Composição: Aderbal Freire-Filho, Branco Mello, Emerson Villani e Newton Moreno

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