Isabela Salles

Entregue

Isabela Salles


Assoprar sem nem pegar ar
Se acabar é aqui que começa

Vida, que imita a arte
Sorvida, de uma vaidade
Partida, com ou sem coragem
De um caos que deságua na areia

Emocional que serpenteia

Não me importa o que te importa, não
Açúcar, tempero, eu faço tudo que há de bom
Eu faço da exceção, a regra
De uma essência que não desintegra
E que assim bem sem querer

É sobre ser, e deixar escorrer
É sobre apropriar e transbordar
É sobre ser, sem nem transparecer que
É sobre ser, e deixar escorrer

E eu fujo, mas sempre volto
Sei de tudo, sempre estive aqui
Levados por um alento, somos 100 nem aí

Não aguentaria chegar até aqui sem te dizer

Na tua sanidade eu me enlouqueço todo dia
Na minha sanidade tu se enlouquece
E sem querer, é que a gente vê que

É sobre ser, e deixar escorrer
É sobre apropriar, e transbordar, se aventurar, se admitir
Ser entregue, viva
Nada leve, despida
Capaz, molhada
Perdida e encontrada
Entregue, viva
Nada leve, despida
Capaz, molhada
Perdida e encontrada

Na minha sanidade eu me enlouqueço todo dia, nada leve, e é claro, entregue

Letra enviada por Isabela Salles

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