Batora O pecado queima almas, esse mundo é uma fogueira A esperança estraçalhada e dissipada na poeira Força de vontade faz minha causa verdadeira Compreendendo o presente no passado eu só fiz besteira
Vida corriqueira, corra e queira, paz guerreira Correndo pro futuro, choro não trás mamadeira Palmas pra cegueira, pra miopia de um povo Assistindo Masterchef mas jantando pão com ovo
Presos na rotina, ódio vidrado na retina Já contei quatro matinas virado na adrenalina Mais uma noite linda se sufoca na neblina A baixa auto-estima empurra coca pra narina
Corações abandonados, cidadãos amordaçados Cérebros fritando geram versos entrelaçados Exilado entre cômodos, acômodos, incômodo Pesado tipo ônibus voando igual condor
Planando pela dor observando o caus da crosta A terra gira, gira, gira e continua a mesma bosta Sangrei minhas falanges, andei durante anos Falei sobre demônios mas glorifiquei os anjos
Ideologia nos hormônios, sapiência no que abrange Na tinta da caneta eu sempre pus meu sangue Falsidade nas estantes e manequins ambulantes Sempre me passei de cego em terra de olhos grandes
Refrão (Cleyton) Esse jogo é mata ou morre nós tamo nos corre 24 sem temer Honrando o suor que escorre mas nem se comove, porque cê nunca vai entender Mesmo com o cansaço continue os passos sempre acreditando em você
Adriano Ourobouro ou carma? Vejo corpos cruéis rondando sem alma Fé habitada, eras marcadas. Guarapari terra sagrada Aprisionado a gramas, droga, xana, álcool, grana Lucidez em coma, se perder no olhar de quem te doma
Opacidade se esclarece a cada dose Desespero mascarado entre necessidade e neurose Hoje em dia epidemia de acefalia e o que valia já não vale mais Valores ficaram pra trás
Filhos bastardos da mãe Gaia, só cometem "faia" Que caia o mundo, ouço vaia. Caos não abandona Faço versos pra que algo valha Ouço palavras ditas erradas Me perco nessa jornada. Pensamento em chama
Nessa selva maldita que não fabrica leões Renovo pensamentos, progressos aqui são ilusões É onde habito - mundo cinza - humanidade louca Tô ligado, toda fé pra habitar aqui é pouca
Sub-existência, escassa crença. Aqui a paz não reside O amor não existe, em corações, o ódio que coincide Mundão é cego e também não quer você enxergando Sabemos que a humanidade é mesmo o câncer mundano
Já basta ser de natureza as ações agressivas O foda é quando a irrelevância atrai mentes regressistas Pretos morrem em seu habitat natural Homem só se preocupa com seu conforto carnal
Penso no meio do trânsito, transito em pensamentos Mentes são instrumento do oposto e a alma quer descanso Pagar com a alma pro corpo viver - vida fugaz Vejo várias guerras pra provar quem habita na paz
Refrão (Cleyton) Esse jogo é mata ou morre nós tamo nos corre 24 sem temer Honrando o suor que escorre mas nem se comove, porque cê nunca vai entender Mesmo com o cansaço continue os passos sempre acreditando em você