Estou vendo o fundo da garrafa E pela nona vez parece que não vou te encontrar Não que, de fato, eu queira Mas há tantos demônios presos que eu preciso libertar
O álcool me entorpece Não enxergo nenhum palmo do que há em minha frente Eu bebo, então penso Mas, quando eu ficar sóbrio Talvez eu me arrependa por estar
Embriagado, imóvel, no chão dessa sala de estar Embora eu tente me mover Meu corpo já não responde às sinapses Mentalmente torço pra embriaguez não passar Pois ela impede a realidade de lembrar que vivi em Uma mentira
E com a força que me resta Caminho até o quarto na esperança de encontrar Aquele velho isqueiro E aquelas suas velhas fotos que eu costumava guardar
Derramo Jhonny* nelas, acendo o isqueiro E te assisto arder em chamas Assim queimo o passado pra sempre imutável E não mais me arrependo por estar
Embriagado, imóvel, vendo suas fotos queimar Embora eu tente me mover Meu corpo já não responde às sinapses Mentalmente torço pra embriaguez não passar Pois ela impede a realidade de lembrar que vivi em Uma mentira
Foi você quem pôs fogo na ponte que um dia nos uniu Nem sei por que, sequer tentei Me diga quem diabos é você?
Embriagado, imóvel, no chão dessa sala de estar Embora eu tente me mover Meu corpo já não responde às sinapses Mentalmente torço pra embriaguez não passar Pois ela impede a realidade de lembrar que vivi em Uma mentira