Índio Cachoeira e Cuitelinho

Ecologia Brasileira

Índio Cachoeira e Cuitelinho


Cobra quando é venenosa
Tá no meio da taboa
Se alguém mexe com ela
Podes crê que não recoa

Quando ela prepara o bote
Quem é brabo até amoa
A morena mais bonita
É da terra da garoa
O veneno dos seus beijos
Quem provar sai rindo à toa

No cabo do guatambu
Que a ferramenta fica boca
É no repique da viola
Que dois peito bão entoa

E na rede mais macia
Que a minha mente avoa
Procuro amizade certa
Onde estou tem gente boa
Assim é a vida no campo
Porque ninguém se mago

De manhã cedo lá em casa
Tem café e pão de broa
Feito no forno de lenha
Pra comer e não enjoa

A massa sai bem dourada
Por dentro ela não encroa
Por isso que eu agradeço
Pois quem fez foi a patroa
À tarde eu agrado ela
Pra passear de canoa

O cantar das araponga
Lá no alto se ecoa
Igual o sino da matriz
Vou encostando a canoa

Escuto o bater das asas
Das garças que logo avoa
Na certa foi avisar
As aves de outra lagoa
É o nosso Brasil caboclo
Reinando em sua coroa

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Índio Cachoeira e Cuitelinho no Vagalume.FM

Mais tocadas de Índio Cachoeira e Cuitelinho

ESTAÇÕES