Boi Sinoeiro
Eu nasci e fui criado
Na fazenda dos Coqueiro
Onde o meu pai trabalhava
Na profissão de carreiro
Eu ainda era menino
Acompanhava o tempo inteiro
Na frente, ao lado direito
Pois eu era o candeeiro
Por aqueles carreador
Conduzia os bois carreiro
Num trabalho da fazenda
Aprendi a ser carreiro
Papai se aposentou
Garantiu o fazendeiro
Era firme no trabalho
Caboclo madrugadeiro
No cantar do galo índio
Desperta e sai pro terreiro
Corta o fumo e já prepara
Pra fumar um bom palheiro
No correr do dia a dia
Conheci o amor primeiro
Luciana, mais bonita
Filha do Dito Pedreiro
O meu pai ficou contente
Com o pensamento certeiro
De ver nosso casamento
Na igreja dos Pinheiro
Lá no nosso povoado marquei
Pro mês de janeiro
Presente de casamento
Do meu pai foi o primeiro
Ganhei um lindo bezerro
E um potranco bem ligeiro
O bezerro tem a fibra
Do velho boi Sinoeiro
Foi tratado com carinho
Me falou Chico Carreiro
É o meu querido pai
Caboclo bão estradeiro
O patrão enriqueceu
E guardou muito dinheiro
Boi de carro trabalhou
No arado e tempo inteiro
Pra virar a terra bruta
Boi de raça pioneiro
Criado desde pequeno
Na fazenda dos Coqueiro
Fazendeiro aposentou
O velho boi Sinoeiro
Boi de raça trabalhou
Boi de raça pioneiro
Fazendeiro aposentou
O velho boi Sinoeiro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Composição: Índio CachoeiraOuça estações relacionadas a Índio Cachoeira e Cuitelinho no Vagalume.FM