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A banda deles não tem um nome normal, mas os quatro caras da Hoobastank são caras normais. Eles tem vidas normais, fazem coisas normais e tem o mesmo senso de humor que seus fãs. É por isso que a banda, composta pelo guitarrista Dan Estrin, o baixista Markku Lappalainen, o baterista Chris Hesse e o vocalista Doug Robb, tem uma conexão com eles. Suas canções tem a intangível habilidade de falar por e para as coisas que os jovens pensam e sentem.

“Quando nós estamos em turnê e chegamos em algum lugar, estamos sempre de shorts e chinelo e parecemos com qualquer cara na rua. Eu gosto disso. Nós não temos que nos “montar” pra sair do ônibus,” Robb diz. “Nós nunca nos levamos muito a sério e não temos medo de tirar sarro de nós mesmos. Quando falamos com a molecada nos shows, nós sempre conversamos sobre coisas normais. Não é tipo “fã falando com o astro de rock.” A banda é o que temos em comum, mas não é só sobre isso que conversamos.”

OK, eles não são completamente normais. Seu primeiro álbum é disco de platina graças a singles de sucesso como “Crawling In The Dar” e “Running Away”, e eles trabalham duro para merecer seu descanso. Mas com seu segundo álbum, The Reason, nota-se que são compositores com um talento incomum, com um leque de canções, humores, e emoções mais variado do que em seu primeiro album. Isso se chama progredir.

Formada nos anos 90 no suburbio de Agoura Hills em Los Angeles, quando o quarteto ainda estava na escola, Hoobastank desde então cresceu e virou uma máquina de compôr. Muito tempo na estrada os tornou próximos e a natureza maticulosa de Estrin e Robb – os dois trabalharam em seus estúdios em casa, enviando demos um para o outro – garantiu que as canções em The Reason tivessem o músculo do rock, assim como uma elegância melódica. De acordo com Robb, “as faixas pesadas ficaram mais pesadas e as mais tranquilas ficaram mais tranquilas. No primeiro álbum era meio que um meio-termo, nesse os dois lados estão bem definidos.”

“É,” completa Estrin. “Algumas das canções podem parecer piegas quando as escrevo, mas então Doug as pega e elas ficam...ainda mais piegas.”

Deixando de lado as piadas, o disco foi beneficiado pela influência holistica do produtor Howard Benson (P.O.D, Cold e Crystal Method). “Howard se concentrou nas letras e melodias e estruturas das canções, não em partes separadamente,” Robb explica.

O primeiro single do álbum, “Out of Control,” apresenta o lado mais agressivo do quarteto. Foi a última canção gravada para o disco, e foi composta depois que eles pensaram já ter o terminado. A canção toca em um tema comum no álbum.

“Algumas canções nesse disco são sobre religião e minha completa falta de interesse por ela,” diz Robb. “Muitas são questionamentos de tudo que as pessoas vêem. Não é tudo sobre religião. ‘Out of Control’ foi baseada nisso e é sobre abrir os olhos depois de ser cegado por ter sido devoto de alguma coisa. Pode ser sobre uma pessoa que dedica sua vida para o trabalho e acaba se sentindo perdida e, bem, fora de controle.”

Tem bastante rock pesado em The Reason, desde a guitarra torrencial e o refrão elevado de “Just One” até a explosão de “Same Direction” e a quase-épica “Disappear”. No lado mais leve, tem a grandiosidade da faixa-título, que conta com um “arpeggio” circular de guitarra e o vocal rouco de Robb, é uma canção de amor como não se fazem hoje em dia. A banda também gravou uma versão da música “Do Ya Think I’m Sexy,” de Rod Stewart, que não chegou a entrar no disco. Originalmente, foi pedido que fizessem o cover para o Deuce Bigalow, Male Gigolo. “Não é algo que queremos ser conhecidos por fazer, mas a estamos guardando para algo bom. Talvez para a continuação...Deuce Bigalow, Electric Boogaloo.”

Mas não foi sempre diversão, jogos e Pro Tools. Em agosto de 2003, os caras estavam andando em miniaturas de motos na House of Blues em Myrtle Beach. Estrin, que trouxe as motos nesse dia, estava andando, quando bateu em uma corda na altura de seu peito e bateu a cabeça no asfalto. Inicialmente, não parecia ter sido nada grave. Ele levantou, voltou ao ônibus, mas era óbvio que estava piorando, então eles foram para o hospital. Estrin teve uma minuscula fratura no crânio, com um coágulo se formando embaixo dela. Se não tivesse sido removido naquela noite, ele poderia ter morrido.

O guitarrista explica calmamente, “Não foi um verdadeiro acidente de moto. Se eu tivesse usando um capacete, eu teria levantado e todos teriam rido de mim. Minha cabeça não estava nem a 1 metro do chão. Foi uma piada, mas me assustou o fato de algo tão simples poder causar uma coisa tão séria.”

Mas isso não o atrapalhou muito. “Eu percebi que sou uma dessas pessoas que não conseguem esperar que as coisas sejam entregues de bandeja. Quando me machuquei, eu devia ter ficado descansando para me recuperar, mas estrava trabalhando tanto quanto estaria se não tivesse me machucado. Cancelamos alguns shows, mas fora isso, continuei trabalhando.”

Então em menos de um mês, estava tudo de volta ao normal. Porque a música é a razão pela qual eles fazem todas as outras coisas.

Fonte: Hoobastank.com
Tradução: Equipe Vagalume

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