Eu sou mais um aqui, na selva de pedra Desprovido de riquezas, morador da favela Aprendi morrer por ela, não importa o quanto eu subir Na minha alma as vielas sempre vão existir Cresci, no meio da maldade, a minha realidade Era achar que trocar tiros era minha vantagem De manhã cedo, trombava meus parceiros Já vinha arrecadando o dinheiro do movimento É isso memo, com o crime fui me fortalecendo Enriquecendo, e vendo vários irmãos meus morrendo É lamentável, vários com o apetite insasciável Catador dos bons, eficaz, implacável 157, Pra vida, por dinheiro, ou por amor Amor a profissão, que o sistema estipulou É isso que eles querem, mano fica atento Um vacilo seu, e la vem seu julgamento Leis, que não estipulam um movimento de melhoras Eles te trancão la dentro, depois te jogão fora Ainda se for assim ta bom Paz para todos os meus manos que estão com o senhor Covardia, hm, ta normal no dia-a-dia É que predomina na periferia Repressão, sofrimento, alienação, choros Lamentos, depressão e velas em volta de um caixão Mas o caminho do crime, é um túnel sem luz É um brilho escuro, atraente, que te seduz Se tem que ser, mais do que uma mente pensante Saber trilhar o seu caminho e seguir adiante Tragédias em instantes, hoje em dia é constante Descaso entre nossos semelhantes
"é o sonho de todo louco, sair do sufoco Ganhar a sua vida, desfrutar mais um pouco, da vida loka Que nos leva a varios caminhos Alguns que salvão e varios que tem espinhos"